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Mostrando postagens de outubro, 2020

SEGUNDO REINADO: ABOLIÇÃO DA ESCRAVIDÃO

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 A data da assinatura da Lei Áurea, o 13 de Maio é comemorado como o Dia da Abolição . Sendo comum conferir à Princesa Isabel a responsabilidade quase total pelo evento.  Entretanto, a abolição da escravatura ocorreu gradualmente, com suas discussões se desenrolando ao longo de todo o período imperial. Liderado por interesses nacionais, mas sem ignorar pressões externas, o abolicionismo era mencionado desde o tratado de reconhecimento da independência. Sendo alvo de várias iniciativas nas décadas seguintes.  A PRESSÃO INTERNACIONAL DO SÉCULO XIX Ainda enquanto domínio português, o território brasileiro sofria pressões pela abolição da escravatura, especialmente por parte da Inglaterra. Se na primeira metade do século XIX as discussões concentravam-se na abolição do tráfico humano, somente a partir de 1850 cresceram as pressões, no sentido de proibir a própria escravidão. No século anterior, a Inglaterra fora pioneira na Revolução Industrial e tinha grande interesse na busca de novos m

GUERRA DO PARAGUAI

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Travada entre Paraguai, Brasil, Uruguai e Argentina, a Guerra do Paraguai ocorreu entre os anos 1864 e 1870 e é considerada o maior confronto do continente sul-americano em proporções de números de mortos. O que gerou o conflito? Para entender melhor sobre as causas que levaram ao conflito, é importante que se esclareça o contexto regional desse período. Durante os anos de 1850 o então presidente Paraguaio Carlos Antonio López criou uma série de obstáculos a navegação dos navios brasileiros no Rio Paraguai, que era visto como crucial para o Império Brasileiro tendo em vista que os caminhos por terra eram bastante precários e demorados, o que tornou o Rio Paraguai fundamental para consolidar o acesso ao Mato Grosso. As constantes ameaças do Império ao vizinho Paraguaio – conhecidos como Guaranis – fez com que os países selassem um acordo em abril de 1856, que garantia ao Brasil a livre navegação desse rio. Mesmo com o tratado, os paraguaios continuavam dificultando as navegações das nau

SEGUNDO REINADO

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O Segundo Reinado corresponde ao período de 23 de julho de 1840 a 15 de novembro de 1889, quando o Brasil esteve sob reinado de D. Pedro II (1825-1891). Foi caracterizado como uma época de relativa paz entre as províncias brasileiras, a abolição gradual da escravidão e a Guerra do Paraguai (1864-1870).  Encerra-se com o golpe republicano em 15 de novembro de 1889. O Segundo Reinado é o momento em que o Brasil se consolida como nação. O regime político do país era a monarquia parlamentarista , onde o Imperador escolhia o Presidente do Conselho (equivalente ao cargo de primeiro-ministro) através de uma lista com três nomes. No plano econômico, o café adquire importância fundamental, sendo o produto mais exportado pelo Brasil. Chegam as primeiras ferrovias e barcos a vapor com o objetivo de melhorar a circulação do chamado "ouro negro".  Em meio à prosperidade cafeeira, o Brasil se encontra num dilema, pois quem trabalhava nas plantações de café eram pessoas escravizadas. Desde

Queda do Imperio Romano

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       Desagregação é o termo que os historiadores utilizam para explicar a queda do Império Romano, que aconteceu em 476 d.C., quando o último imperador romano, Rômulo Augusto, foi destituído por Odoacro, rei do povo germânico hérulo. A parte ocidental do império foi ocupada pelos germânicos, e a parte oriental continuou existindo sob o nome de Império Bizantino. Crise do Império Romano      A crise do Império Romano iniciou-se a partir do século II-III d.C. Marcaram esse período a crise econômica, a corrupção, os sucessivos golpes e assassinatos realizados contra imperadores e, como elemento final, as invasões germânicas.      O século III foi marcado por uma grande sucessão de imperadores, o que evidenciou a instabilidade desse período, pois, em um período aproximado de 50 anos, o Império Romano teve cerca de 16 imperadores – muitos deles mortos após conspirações.      Além disso, o fim da expansão territorial romana afetou fortemente a economia. A partir do século II, o Império Rom

REVOLTAS REGENCIAIS

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No período regencial ocorreram agitações de rua, revoltas escravas e rebeliões republicanas. Essas manifestações nas províncias do império estavam relacionadas ao alto custo de vida nas cidades brasileiras, ao escravismo e ao autoritarismo dos regentes. Dispostos a mudar essa situação, pobres e ricos, peões e fazendeiros, indígenas, mestiços, negros e brancos se uniram para combater o governo central, com sede no Rio de Janeiro. Mas, enquanto as elites provinciais lutavam pela autonomia das províncias, os oprimidos batalhavam por liberdade e uma vida melhor. As principais rebeliões foram a Cabanagem, a Guerra dos Farrapos, a Revolta dos Malés,  a Sabinada e a Balaiada.. Cabanagem (1835-18401): Grãn-Pará Em 1835, quando se iniciou a Cabanagem, a província do Grão-Pará, abrangia terras dos atuais estados do Pará, Amapá, Rondônia, Roraima, Amazonas. A população do Grão-Pará era de cerca de 120 mil habitantes  assim distribuídos:  Os habitantes do Grão-Pará eram em sua maioria muito pobre

BRASIL: PERÍODO REGENCIAL

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 Regências: um período movimentado  O período regencial foi relativamente curto: durou de 1831 a 1840. Apesar disso, foi também um dos períodos mais agitados da nossa história. Naqueles nove anos ocorreram intensas disputas políticas, entre o "centro" e as províncias, e revoltas sociais armadas, de Norte a sul do país. Esses episódios ameaçaram a unidade nacional e, ao mesmo tempo, foram decisivos na formação do Estado brasileiro.  História política  Quando D. Pedro I renunciou ao trono, seu filho Pedro de Alcântara tinha apenas 5 anos de idade. Nesse caso, dizia a Constituição, o governo devia ser ocupado por três regentes escolhidos por uma assembléia Geral formada de deputados e senadores. Mas como esta estava em recesso, os poucos deputados e senadores que se encontravam no Rio de Janeiro elegeram três regentes provisórios, que governaram por pouco mais de dois meses. Regência Trina Permanente  Em 1831 ainda, a Assembleia Geral elegeu um militar e dois deputados civis par

IMPÉRIO ROMANO

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 O governo do imperador Otávio Augusto  Otávio Augusto e seus soldados venceram as forças de Marco Antônio, pondo fim à república e estabelecendo um novo regime político: o  império . Na condição de imperador, Otávio Augusto podia agora propor e rejeitar leis, convocar o Senado e as assembléias e intervir militarmente em Roma, na Itália, -e em todas as províncias romanas . Aproveitando-se disso, ele promoveu uma série de reformas importantes:  •definiu os limites do Império Romano e enviou tropas para proteger suas fronteiras;  • distribuiu terras aos seus soldados;  • confiou a administração de algumas províncias aos senadores, enquanto manteve outras, como o Egito (importante fornecedor de trIgo a Roma), sob sua responsabilidade;  • modernizou a cidade de Roma que, na época, tinha cerca de 1 milhão de habitantes e passou a ter um prefeito, um corpo de bombeiros e monumentos que glorificavam o governo. Com essas reformas, o governo de Otávio Augusto (27 a.C. a 14 d.C.) conheceu um l

A REPÚBLICA ROMANA

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 A República Romana  A República Romana era governada pelos magistrados, auxiliados pelo Senado e pelas Assembleias. Conheça os principais magistrados e suas atribuições: Além desses magistrados, havia o ditador . Ele governava Roma com plenos poderes por um período de seis meses, em caso de grave ameaça à República (guerra, por exemplo). Era eleito pelo Senado.  Senado - era formado  membros vitalícios, todos patrícios. Suas principais funções eram controlar o tesouro público e propor a guerra ou a paz. Na República Romana, somente os patrícios podiam ocupar altos cargos no governo, isto é, os cargos de magistrado e de senador.  As Assembleias eram três:  Assembleia das tribos - reunião dos cidadãos conforme o local de residência ou a origem; elegia os questores e os edis;  Assembleia centuriata - reunião dos cidadãos em centúrias (unidades do Exército) segundo o grau de riqueza; votava as declarações de guerra, os acordos de paz e elegia os cônsules;  Assembleia da plebe - compos

ROMA

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 Localização e povoamento  Roma situa-se na Península Itálica, uma longa faixa de terra, em forma de uma bota, que avança pelo Mar Mediterrâneo. Ao norte, a Península é limitada por um conjunto de montanhas, os Alpes; a leste é banhada pelo Mar Adriático; a oeste, pelo Mar Tirreno; e, ao sul, pelo Mar Mediterrâneo. A origem de Roma segundo uma lenda  Havia uma cidade chamada Alba Longa, fundada pelos latinos às margens do Tibre.  Um belo dia, a princesa da cidade de Alba Longa apaixonou--se por Marte, deus da guerra, e com ele teve filhos gêmeos. Ao saber disso, o tio das crianças, Amúlio, que tinha tomado à força o trono daquela cidade, colocou os bebês em um cesto e mandou que os atirassem no Rio Tibre.  Mas, ao contrário do que esperava o maldoso Amúlio, as crianças não morreram. O cesto encalhou em um lugar chamado monte Palatino. Foi quando uma loba, que por ali passava, ouviu o choro dos bebês e salvou-os, amamentando-os como se fossem seus filhos.  Tempos depois, os bebês foram

FIM DO PRIMEIRO REINADO

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 D. Pedro I, cada vez mais impopular  A brutal repressão à Confederação do Equador contribuiu para derrubar a popularidade que D. Pedro I tinha no início de seu governo. Além de autoritário, D. Pedro I mostrava-se incompetente para resolver a crise econômico-financeira que o país atravessava. Ano após ano, a balança comercial brasileira apresentava-se negativa, ou seja, o valor gasto com as importações era maior do que o ganho com as exportações. Para fazer frente às suas despesas, o governo de D. Pedro I pedia empréstimos aos bancos estrangeiros e emitia moeda. Isso gerava inflação. Conforme o preço dos alimentos e dos aluguéis subia, a popularidade do Imperador diminuía. Em 1829, como reflexo dessa crise, o Banco do Brasil, fundado na época de D. João VI, faliu.  Questão da Cisplatina  A Província Cisplatina (atual Uruguai) havia sido anexada ao Brasil por D. João VI. Os cisplatinos, descendentes de indígenas e espanhóis, queriam libertar-se do Brasil. Em sua luta pela independência,

PRIMEIRO REINADO

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  As lutas pela independência  Na época, a independência não foi aceita no país todo. Em várias províncias brasileiras, como Bahia, Piauí, Grão-Pará, Ceará, Maranhão e Província Cisplatina, o povo pegou em armas para combater militares fiéis a Portugal.  Na Bahia, depois de vários combates, batalhões populares vindos do interior da província cercaram as tropas portuguesas que estavam em Salvador. Vendo-se sem alimentos, os soldados portugueses comandados pelo coronel Madeira de Melo tentaram furar o cerco, mas foram derrotados na Batalha de Pirajá. Depois, navios ingleses a serviço de D. Pedro 1 bloquearam Salvador e os forçaram a deixar o Brasil em 2 de julho de 1823. Todos os anos, em 2 de julho, a Bahia festeja sua independência. No Piauí também ocorreu uma guerra pela independência que se iniciou quando a Câmara de Parnaíba, cidade do norte da província, declarou-se favorável à independência. O general português Cunha Fidié e suas tropas partiram de Oeiras, então do Piauí, a fim de