História e Cidadania

O estudo da História nos permite entender as diferenças entre as pessoas, seus gostos, crenças, comportamentos e costumes. Em outras palavras, a Historia nos permite entender as diferenças culturais entre os diversos povos. Portanto, ao compreeder melhor essas diferenças entre os diversos grupos, sociedades e indivíduos nos tornamos capazes de respeitar o direito do outro. 

O respeito a essas diferenças culturais é uma das principais formas de acabar com  os preconceitos existentes em nossa sociedade. Ao mesmo tempo,  ao conhecermos melhor nosso passado nos tornamos aptos a refletir sobre o presente e a partir disso tomar decisões e intervir de forma consciente sobre a sociedade e sobre o tempo presente. A História, dessa forma, é essencial para a formação do cidadão, pois é ela quem lhe dá as ferramentas para através do conhecimento do nosso passado intervir em nosso presente e garantir nossos direitos e deveres  sem ferir o direito do outro.

Nesse sentido, podemos falar sobre o etnocentrismo (visão de mundo característica de quem considera o seu grupo étnico, nação ou nacionalidade socialmente mais importante do que os demais), que vê o outro, o diferente sempre como inferior, colocando seus costumes, gostos, crença, costumes e modo de pensar sempre melhor que o do outro, de tal forma que sua cultura sempre será o ponto de referencia do que é certo e dessa forma a cultura do outro sempre será primitiva, pior ou inferior.

Essa forma etnocentrica de pensar, sem buscar compreender a cultura do outro como diferente, é uma das principais raízes do preconceito. O "pré- conceito", como a própria palavra já demonstra, consiste na formulação de um conceito sobre algo sem antes o conhecer. O preconceito, por exemplo, pode ser julgar que um alimento é ruim por seu aspecto físico. Trazendo para as relações sociais, o preconceito consiste no prejulgamento de algo sem, de fato, conhecê-lo.

Nas relações sociais, o preconceito pode acontecer por conta da sexualidade (prejulgar uma pessoa homossexual); do gênero (julgar uma mulher como inferior a um homem, ou uma pessoa transgênero); da condição física (julgar uma pessoa deficiente ou de baixa estatura, por exemplo, como incapaz); e da raça (cor da pele).

Quando o preconceito é motivado pela cor da pele de uma pessoa, chamamo-lo de racismo. O racismo é, portanto, uma forma de preconceito cruel que atinge uma grande parcela da população mundial, servindo de pretexto para motivar agressões físicas ou verbais, além de causar dano moral e até perseguições e prisões injustas de pessoas, principalmente de negros. 

Nesse sentido podemos dizer que o preconceito e o racismo acabam ferindo a cidadania dos grupos afetados por ela, não só por serem vistos como inferiores, mas também por terem seus direitos feridos e desrespeitados por outros. 

Mais uma vez, podemos perceber que a História tem um papel fundamental contra o etnocentrismo na medida em que compreende o outro e sua cultura como diferente e não como melhor ou pior. E portanto é importantissíma para gerar o respeito com relação ao outro, ao diferente.



 

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