NEOLÍTICO OU IDADE DA PEDRA POLIDA


NEOLÍTICO OU IDADE DA PEDRA POLIDA



O Neolítico ou Idade da Pedra Polida é o segundo período da pré-história. É conhecido como a Idade da Pedra Polida porque é nele que os humanos começam a lapidar esse material para obtenção de utensílios e ferramentas mais precisas. Ele teve como principais marcos o desenvolvimento da agricultura, a sedentarização e a domesticação dos animais.

Durante o Neolítico ocorreram grandes transformações no clima e na vegetação. O continente europeu passou a contar com temperaturas mais amenas e observamos a formação do Deserto do Saara, na África.

O derretimento das geleiras deu origem a lagos, rios e trouxe cheias que inundaram as suas margens, depositando resíduos com grande valor nutritivo para a terra. Os homens perceberam isso e passaram a habitar esses espaços.

Com a temperatura mais quente, a vida nas cavernas não era tão necessária, e os homens passaram a construir espécies de choupanas com galhos e folhas. Com o tempo, as construções foram se aperfeiçoando. As cabanas deram origem a edificações mais resistentes, feitas com argila, pedra e madeira.

Réplica de habitações típicas do final do Neolítico


O desenvolvimento da agricultura permitiu que o estilo de vida da humanidade fosse transformado radicalmente, pois, com ela, o ser humano era capaz de produzir seu próprio alimento e não era mais dependente daquilo que caçava e do que coletava da natureza. O ser humano tornou-se capaz de desmatar florestas para criar seus campos de cultivo e tornou-se sedentário (passou a se fixar, morar em um mesmo lugar).

A sedentarização do homem, proporcionada pelo desenvolvimento da agricultura também possibilitou-lhe domesticar animais que poderiam, principalmente, servir de alimento, caso o cultivo agrícola não fornecesse o sustento necessário.Animais como dromedários, cabras, bois e javalis eram criados para abate, arado e transporte.. A pesca foi uma importante fonte de alimento. Ela acontecia não apenas na zona costeira, mas também em alto mar, com a criação de canoas a partir de lascas de madeira e de uma cola que era obtida do corte de árvores, chamada sílex. Também havia a coleta de mariscos e de caracóis.

A vida reclusa à cavernas inviabilizava o desenvolvimento de comunidades, mas a possibilidade de vida fora delas acarretou no aparecimento de pequenas aldeias. Os grupos se ajudavam quanto à alimentação e defesa. A acumulação de bens não se dava por família, ela era coletiva. Um dos indivíduos do grupo tinha a função de cuidar e proteger esses alimentos. Esse indivíduo era o mais importante para o grupo humano, que o tinha como um chefe.

Os grupamentos humanos foram sofisticando-se e, como conseqüência, a divisão do trabalho foi sendo definida. Os homens tornaram-se responsabilizados pela caça, e as mulheres, pela coleta e pelo trabalho agrícola.



Vénus de Willendorf

A olaria também surgiu durante esse período e, assim, começaram a ser desenvolvidos utensílios de cerâmica. A principal forma de arte desse período são as pinturas rupestres, que eram realizadas nas paredes das cavernas (presentes desde o paleolítico). Essas pinturas remontam a 40 mil anos atrás e representavam grupos de animais ou o ser humano em meio a atividades cotidianas. Eram usados materiais como terra, carvão, sangue, entre outros, nessas pinturas. Também eram realizadas esculturas pequenas. As mais famosas são as estatuetas de Vênus, isto é, pequenas estátuas de mulheres com formas corporais voluptuosas.

Por fim, vale destacar as construções megalíticas, que eram basicamente grandes construções feitas em pedra. Os especialistas não sabem ao certo a razão pela qual esses monumentos eram construídos. O monumento megalítico mais conhecido é o de Stonehenge, localizado na Inglaterra







Stonehenge, no Reino Unido, é um exemplo de monumentos megalíticos



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