REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
A Revolução
industrial foi um conjunto de mudanças que
aconteceram na Europa nos séculos XVIII e XIX. A principal particularidade
dessa revolução foi a substituição do trabalho artesanal pelo assalariado e com
o uso das máquinas.
Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.
Até o final do século XVIII a maioria da população europeia vivia no campo e produzia o que consumia. De maneira artesanal o produtor dominava todo o processo produtivo.
Apesar de a produção ser predominantemente artesanal, países como a França e a Inglaterra, possuíam manufaturas. As manufaturas eram grandes oficinas onde diversos artesãos realizavam as tarefas manualmente, entretanto subordinados ao proprietário da manufatura.
Pioneirismo
inglês
O
pioneirismo da Inglaterra no processo conhecido como Revolução Industrial
deu-se a partir de uma junção de fatores, iniciados principalmente com as
grandes transformações políticas sofridas por esse país ao longo do século
XVII. Essas transformações permitiram o surgimento das condições ideais para o
nascimento da indústria moderna.
No
século XVII, a Inglaterra passou por uma série de acontecimentos políticos que
levaram à ascensão da burguesia como classe dominante. Na Revolução Gloriosa de 1688, houve a deposição de James II, da dinastia Stuart, e a
coroação de Guilherme de Orange e Maria II da Escócia como reis da
Inglaterra.
A
Revolução Gloriosa foi o grande passo que marcou o fim do poder absolutista na Inglaterra e deu início ao
período da monarquia constitucional caracterizada pela limitação do poder real.
Esse acontecimento é considerado pelos historiadores como uma revolução
burguesa e determinou, obviamente, a ascensão da burguesia como classe social e
política. Com isso, os burgueses puderam tomar uma série de medidas que
beneficiavam os seus negócios.
Além disso,
entre as mudanças ocorridas durante o século XVII, no período da República Puritana, a Inglaterra decretou, por ação direta de Oliver Cromwell, os Atos
de Navegação de 1651. Essa lei, válida para a Inglaterra e suas
colônias, determinava que todas as mercadorias de importação e exportação
deveriam ser transportadas por embarcações inglesas.
Essa
medida tinha como objetivo enfraquecer a concorrência da Inglaterra, que, por
causa de todas as turbulências políticas pelas quais passava, estava em
desvantagem em comparação com outras nações europeias, sobretudo a Holanda.
Essa ação permitiu a Inglaterra controlar as rotas comerciais e marítimas do
mundo e possibilitou o enriquecimento da burguesia, que pôde então acumular capital.
Essa
acumulação de capital foi extremamente importante, pois foi a partir dela que a
burguesia pôde investir em pesquisas para desenvolver a criação das máquinas e,
assim, aperfeiçoar o processo de produção e financiar a construção das
indústrias têxteis.
Outra
medida desse período que contribuiu diretamente para que as condições ideais de
industrialização surgissem foram as Leis dos Cercamentos (Enclosure Acts).
Essas leis resultaram na transformação das terras comuns, ocupadas pelos
camponeses em condições de trabalho existentes desde o período da Idade Média,
em pastos para ovelhas, o que marcou o fim das relações de trabalho
feudo-vassálicas na Inglaterra.
As
Leis dos Cercamentos fizeram com que uma grande massa de camponeses fosse
expulsa de suas terras ou recebesse um valor irrisório por essas terras. Essa
vasta quantidade de camponeses, sem meios de sobrevivência, foi obrigada a ir
para as cidades. Portanto, como consequência desses cercamentos, houve grande
disponibilidade de mão de obra urbana, o que foi essencial para o
desenvolvimento das indústrias.
Também
como resultado disso, um grande número de camponeses desabrigados foi levado à
mendicância e sofria intensa repressão do governo inglês com as leis contra a
vadiagem, as quais, nesse período, estipulavam castigos físicos e até mesmo a
morte caso uma pessoa fosse reincidente em “vadiagem”.
Outro
impacto das Leis dos Cercamentos foi o destino dos pastos para a criação de
ovelhas, o que, naturalmente, visava à produção de lã, a matéria-prima da
grande atividade econômica do período: a indústria têxtil. Além disso, havia na
Inglaterra grandes reservas de
carvão e ferro, que eram a base da indústria da época, por essa razão,
sua grande disponibilidade foi essencial para o desenvolvimento industrial da
Inglaterra do século XVIII.
Como era o trabalho dos primeiros operários
Nas
cidades, os empregados não viviam de forma muito diferente dos desempregados.
Como não existiam leis trabalhistas, cada patrão estabelecia as próprias
normas.
Havia
jornadas de trabalho (de 14 a 16 horas por dia), registrando-se, por isso,
constantes acidentes de trabalho, com mutilações e até morte dos trabalhadores.
Não
havia preocupação em oferecer local adequado de trabalho. As fábricas eram
barulhentas, mal iluminadas e mal ventiladas. Os proprietários industriais
justificavam as janelas pequenas e altas para os operários não se distraírem
olhando a rua. Qualquer erro ou falta do trabalhador era motivo para desconto
no salário ou aplicação de castigo corporal.
Os
baixos salários também forçavam as mulheres a trabalhar. Embora fizessem o
serviço exatamente igual ao dos homens, recebiam menos. Elas passaram a ter a
preferência dos industriais, pois eram mais lucrativas.
A
mão de obra infantil também foi muito explorada, pois apresentava custo
baixíssimo. Além de receberem menos, preferiam-se as mulheres e as crianças em
fábricas de tecidos, porque tinham mãos menores e podiam alcançar todas as
partes das máquinas para fazer a limpeza.
Condição de vida
Um grande número de pessoas ocupava
casas muito pequenas. Os baixos salários não permitiam alimentação adequada e,
por isso, era comum os trabalhadores adoecerem gravemente, chegando às vezes ao
óbito.
Em várias cidades da Inglaterra, muitos
industriais construíram, perto das fábricas, conjuntos de casas chamados vilas
operárias, como forma de controlar os trabalhadores.
Assim, sabiam o que seus empregados
faziam mesmo nas folgas, designando capatazes para exercer vigilância constante
sobre os operários.
Primeira
Revolução Industrial
A Primeira Revolução Industrial ocorreu
em meados do século XVIII e do século XIX. Sua principal característica foi o
surgimento da mecanização que operou significativas transformações em quase
todos os setores da vida humana.
Na
estrutura socieconômica, fez-se a separação definitiva entre o capital,
representado pelos donos dos meios de produção, e o trabalho, representado
pelos assalariados. Isto eliminou a antiga organização dos grêmios ou guildas
que era o modo de produção utilizado pelos artesãos.Desta maneira, surgem as
primeiras fábricas que abrigam num mesmo espaço muitos operários. Cada um
deverá operar uma máquina específica para realizar sua tarefa
CONSEQUÊNCIAS DA
REVOLUÇÃO INDUSTRIAL
Devido à baixa remuneração, condições
de trabalho e de vida sub-humanas, os operários se organizam. Desta forma,
associaram-se em organizações trabalhistas e sindicatos para reivindicar
melhores condições de trabalho e aumento de salários.
A mecanização se estendeu do setor
têxtil para a metalurgia, transportes, agricultura, pecuária e todos os outros
setores da economia, inclusive o cultural.
A Revolução Industrial estabeleceu a
definitiva supremacia burguesa na ordem econômica. Ao mesmo tempo acelerou o êxodo
rural, o crescimento urbano e a formação da classe operária.
Era o início de uma nova época, onde a
política, a ideologia e a cultura gravitavam em dois polos: a burguesia
industrial e financeira e o proletariado.
As fábricas empregavam grande número de
trabalhadores. Todas essas inovações influenciaram a aceleração do contato
entre culturas e a própria reorganização do espaço e do capitalismo.
Nessa fase, o Estado passou a
participar cada vez mais da economia, regulando crises econômicas e o mercado e
criando uma infra-estrutura em setores que exigiam muitos investimentos.
Comentários
Postar um comentário