Revoltas da República Velha
Fases da
República Velha (Primeira República)
Revoltas da
República Velha
A Primeira República foi
marcada pelo desrespeito aos direitos sociais, o que se refletiu diretamente em
diversas revoltas que aconteceram durante essa fase. As revoltas também resultavam
das dissidências políticas e da insatisfação da população com a pobreza e a
desigualdade social. Entre as revoltas, podem ser destacadas:
2. Revolta da Armada
5. Guerra do Contestado
6. Revolta do Forte de
Copacabana
7. Revolta Paulista de
1924
8. Coluna Prestes
Fim da República
Velha
A Primeira República
entrou em crise na década de 1920, quando o arranjo político existente entre as
oligarquias começou a ruir e as divisões existentes começaram a se sobressair
às tentativas de conciliação. O surgimento do tenentismo, movimento de oposição
formado por jovens oficiais do Exército, também abalou as bases da política
desse período.
24 de outubro (1930)
| O fim da República Velha
Na
segunda metade da década de 1920, as dissidências oligárquicas passaram a
defender um projeto político mais disposto a incorporar, ainda que timidamente,
as críticas de outros setores sociais. Especialmente entre as elites excluídas
do jogo político principal, como os gaúchos e os “nortistas”, aumentaram as
críticas ao estilo e aos valores políticos liberais paulistas que mandavam na
política nacional brasileira.
13º Presidente do Brasil
Em
1926, o paulista Washington Luís sucedeu o mineiro Artur Bernardes, sendo o
último presidente da República Velha. Seu governo ficou marcado pela crise
econômica mundial de 1929 e pela ruptura com a antiga política do “café com
leite”. Com fama de administrador moderno e eficiente, elogiado por suas
realizações no mandato na presidência do estado de São Paulo (na época, os
governadores eram chamados de presidentes), Washington Luís estava
disposto a recompor as dissidências oligárquicas. Mas não descuidou da
repressão sobre os movimentos sociais. Promoveu uma reforma constitucional,
dando à União a prerrogativa em legislar sobre questões trabalhistas,
demonstrando o quanto o tema tinha entrado na pauta nacional pela pressão do
movimento operário.
No
começo de seu mandato, conseguiu até o apoio da oligarquia gaúcha, sempre
disposta a questionar a hegemonia paulista, nomeando Getúlio Vargas como seu
ministro da Fazenda. Entretanto, no processo sucessório, Washington Luís
cometeu um erro de cálculo, indicando outro paulista, Júlio Prestes, para
substituí-lo. O precário equilíbrio competitivo entre São Paulo e Minas Gerais,
uma das bases de estabilidade política da Primeira República, se rompeu, em um
momento em que não foi possível recompor as alianças para dar sustentação à
política situacionista, alicerce central do regime.
Cartaz de
campanha de Júlio Prestes para Presidente da República na eleição de 1930.
Ao lado dos gaúchos, os mineiros
preteridos na sucessão formaram a Aliança Liberal para competir com a chapa de
Júlio Prestes. Encabeçada por Getúlio Vargas e João Pessoa (presidente da
Paraíba), a campanha da Aliança Liberal foi inovadora, defendendo de maneira
contundente propostas reformistas a serem conduzidas pelo futuro governo. Após
uma campanha acirrada, Júlio Prestes saiu vitorioso.
Como era de se esperar, o
resultado oficial foi recebido com descrédito pelos candidatos derrotados e por
boa parte da opinião pública, havendo acusações de fraude contra a Aliança
Liberal. A situação ficou mais tensa com o assassinato de João Pessoa em uma
confeitaria do Recife. Os jornais fizeram grande alarde sobre o caso, sugerindo
um atentado político contra o ex-candidato a vice-presente da Aliança Liberal
orquestrado pelos aliados dos vitoriosos. A indignação em parte da opinião
pública, que já tinha críticas ao domínio da oligarquia paulista, foi
aproveitada para justificar uma nova rebelião.
A Revolução de 1930 teve início em 3 de outubro
de 1930. Guarnições militares rebeldes apoiadas por lideranças civis das dissidências
oligárquicas rebelaram-se em Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Os revoltosos
rapidamente chegaram à fronteira de São Paulo, onde se esperava uma grande
batalha entre as forças legalistas e a poderosa Força Pública paulista.
Pernambuco e Paraíba também se rebelaram, dominando quase todo o Norte, com
exceção da Bahia.
Quando a guerra civil de grandes proporções parecia ser inevitável
e fora de controle, em 24 de outubro, uma junta militar depôs o
presidente Washington Luís, pivô da crise com as outras oligarquias
estaduais. Em 3 de novembro de 1930, Getúlio
Vargas, líder da “Revolução de 1930”, foi empossado como chefe do Governo
Provisório da nova República.
Comentários
Postar um comentário